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Caminhada do Pepa no final de semana e as prosas políticas

No sábado (24), ensolarado decidi sair de casa e dar uma caminhada em busca do que escrever. Nada de Covid-19, a esse respeito é o que não falta nos principais veículos de Comunicação e nas redes sociais, grupos de Whatsapp, fora um monte de fake news.
Bem, coloquei a máscara e fui de carro até a Alvim Bauer. Estacionei e segui em direção à feira livre, no boulevard (Rsrsrsrs) da rua 200. Passei em frente ao teatro municipal . Como sempre acontece, lembrei da pobreza da programação. Desde a inauguração, nenhum espetáculo de envergadura. Também lembrei que houve um profundo corte no orçamento da Cultura, já faz uns dois ou três anos. Não precisa falar mais nada sobre o grau cultural do chefe do executivo. Dá vontade de xingar o coitado, como muitos se referem à sua pessoa.


Mesmo na pressa, percebi que no meu comprovante do estacionamento constava um número a menos na numeração da placa. Pensei em deixar pra lá, não perder tempo em resolver a questão. Eis que observei nas proximidades um grupo de quatro ou cinco GMs. Mudei de ideia e fui testar o atendimento. Fiquei de cara. Não é que fui prontamente atendido com todo o respeito, cordialidade e com a solução
do problema Um ponto muito positivo. Adquiri um queijo colonial, outro parmesão, algumas frutas e levei até o carro. Cumprimentei alguns conhecidos, deu vontade de parar no Spinelli, mas segui em frente. Comprei o Diarinho e fui ler na cafeteria na esquina da rua de acesso à Matriz Santa Inês. Gosto de parar no Galego. Fui lá com o pretexto de comprar a trimania. No interior apenas um freguês, outros dois fumavam na calçada. Mas aproveitei para puxar conversa. Era um servidor municipal, conhecido das antigas. A pergunta foi direta. “Como está lá em cima?” A resposta veio com um sorriso e o olhar irônico, mais a indagação se realmente me interessava saber. ” Vou ser sincero, na Prefeitura a maioria dos servidores é Piriquito e eu também. Afinal , o que esse que taí fez? Nenhuma obra. Só prometeu, agora que tá chegando a eleição dizem que vai inaugurar alguma coisa, mas tenho escutado muito na rua. Meu trabalho é externo e posso garantir que o povo tá todo revoltado. Pra não dizer que não tem nada bom, escuto falar que o 1doc é um negócio recém criado e tá agradando, mas o resto? Olha ali o estado do Calçadão, sujo, fedorento e a temporada foi um fracasso. Os comerciantes e os moradores estão revoltados. Ele só promete, mas não cumpre. Vou parar por aqui porque assunto tem muito. Pode ver, prometeu que ia fazer o alargamento da praia. Foi a maior decepção. Já saiu até no Página3 que não vai sair”, concluiu.


Isso já passavam das 10 horas. Arrisquei ir até o camelódromo para colher mais alguns comentários. Mas logo deu para perceber que o povo dali não tá afim de bater papo sobre a política. Uns tentam mudar o assunto alegando que nem está decidido se terá eleição, enquanto outros são mais categóricos ao afirmar que não querem saber de política. “Nunca tivemos uma temporada tão ruim. Esse prefeito só quer saber de marketing para tentar melhorar a imagem dele. Não investiu em shows, importou um secretário de Turismo em final de carreira e o pepino sobrou todo para o comércio”, afirmou em tom de raiva um dos poucos comerciantes presentes.


Alguns metros adiante, na rua 1500, dois jovens estudantes reconhecem e cumprimentam o Pepa e de cara perguntam sobre as novidades, ao mesmo tempo que fazem piadas sobre as Novas Ideias, que consideram um verdadeiro estelionato eleitoral. ” Pepa, vc viu que eles estão gastando um monte de dinheiro para divulgar mais uma vez o prolongamento da Quarta Avenida? Porra, levaram quatro anos para fazer isso. Quer ver que ainda vai fazer uma grande festa para um bando de puxa saco ir lá aplaudir? E tem mais, isso é projeto do Piriquito. Ate dinheiro ele deixou no caixa da Prefeitura, comentam fazendo questão de demonstrar que estão por dentro dos acontecimentos no município. Estão bem informados mesmo. Prosseguem e comentam a live da noite anterior, no Portal da Risctv, com a participação do ex-prefeito Edson Piriquito e o médico pneumologista Pedrinho Cabral. “Olha, repercutiu muito na cidade. É uma dupla perfeita para administrar Balneário Camboriú. O Pedrinho é uma pessoa fantástica, um grande ser humano, excelente médico. E o Piriquito conhece tudo, administrou a cidade em dois mandatos, tem conhecimento. Fora isso, os dois são nascidos aqui mesmo. O Pedrinho é do Nova Esperança, cunhado do César Pio, gente muito íntegra. Chega uma jovem linda e carrega os dois jovens. A dupla se afasta dando gargalhadas, finalizando com o pedido: coloca lá no blog que o violão do Fabrício tá desafinado, manda o cara trabalhar fazer alguma coisa pela cidade.


Nesse ínterim toca o celular, o Rodrigo, assessor do vereador Omar, dizendo pra eu voltar ao café porque tinha esquecido os documentos. Lembrei no mesmo instante do meu Celtinha, estacionado perto da feira-livre.
Tudo resolvido, prossegui a caminhada, agora pelo calçadão. Vez ou outra encontro com o Daguano por ali, mas nesta época de coronavírus tem muita gente consciente do perigo e prefere o isolamento social. Mas o sábado estava animado, bom para prosa com duas ou três pessoas. Mas na minha passagem pelo calçadão sou requisitado por uma conhecida empresária. Seguido do desabafo questionando a competência do prefeito Fabrício de Oliveira. Esteve aqui umas duas ou três vezes. Concorda com tudo, não tem boca pra nada. Só que não cumpre. Disse que a reforma da área central ia começar depois do Carnaval. Bem diferente do Pavan. Esse cumpriu com quase tudo que prometeu. O Piriquito também ajudou bastante, mas olha como está o calçadão. O tráfico tomou conta daqui e da avenida Atlântica. Já o Piriquito fundou a Guarda Municipal e durante muito tempo pudemos contar com policiamento. Esse rapaz, lamento, mas parece não saber o que deseja da vida. Queria tanto ser prefeito, olha no que deu. O povo fala que nem um buteco na avenida Atlântica ele soube administrar, imagina uma cidade como Balneário Camboriú, com orçamento hoje acima de 1 bilhão e 200 milhões. É coisa muito séria. Ainda bem que ele montou uma linda família, acho até bonito ele tocar violão, mas pena que não cumpre com o que promete. É muito mole perto dos outros prefeitos, né Paulinho? Finalizou a empresária inconformada com a notícia de que o alargamento da faixa de areia da praia central não será realizado este ano.

Rumo ao pontal norte, curtindo o ensolarado dia, encontro com uma guia de Turismo, também conhecida de muitos anos. Mais uma vez escuto um rosário de lamentações. Nessas alturas, se encontrasse com o prefeito não o pouparia de algum tipo de reação, mas certamente que tão cedo não será capaz de caminhar pelas ruas dessa maravilhosa Balneário Camboriú, que me recebeu em março de 1972 . Aliás, voltando ao prefeito, recordo de uma de suas últimas aparições em público. Justamente, lá no Canal do Marambaia. Não é que o homem se enfiou no Canal, posou para os flashes e teve a cara de pau de anunciar que estava feita a despoluição? Se retornar lá hoje vai escutar muito desaforo. Aliás, falando nisso, hoje o ex-vereador Claudir Maciel está grudado com o Fabrício, mas até poucos dias contestava as notícias oficiais sobre a despoluição da praia central e desafiava os políticos que defendiam a tese ( não as fezes) a banharem-se nas águas límpidas. Coisas da política. Qualquer hora vamos voltar a falar dos super salários e da família Maciel. Realmente dá para acreditar em milagre no Governo Fabrício.


Bom, deixei a minha amiga agente de Turismo lá atrás, mas não esqueci de suas lamentações. Realmente, em nome da categoria afirma que os agentes foram muitos prejudicados devido a pandemia, mas praticamente esquecidos. Eu, com meus botões, recordo agora, já três da madrugada de segunda-feira, que o vereador Pedro Francez saiu em defesa dessa categoria. Tudo bem, está feito o registro. Mas as lamentações, como avisei são muitas. Ela mete o cacete na administração Fabrício de Oliveira. Assim como grande parte da comunidade e do meio empresarial ela condena o executivo por não ter realizado o alargamento da faixa de areia da praia central no início do governo. “Isso estava no Plano de Governo e faltou seriedade. Devia ser uma prioridade, mas não, enganou a todos. Agora vai vir pedir votos, que obra que tem para mostrar? Vai inaugurar a roda gigante, certamente. Podem anotar, pra quem fala tanto em mobilidade urbana, a roda gigante vai transformar a Estrada da Rainha num caos em mobilidade urbana. Trata-se de um equipamento turístico louvável, tem em quase toda grande cidade voltada ao segmento do Turismo, mas tem razão o Ministério Público quanto à localização, fora os danos ao meio ambiente . Isso é muito feio. Precisamos de gente que gosta de trabalhar. Holofotes, flashes, promoção pessoal com dinheiro público não significa desenvolvimento. Pior que estamos chegando no meio do ano e as promessas continuam. Até empréstimo bancário para pavimentação de ruas realizaram. Uma loucura, precisam valorizar melhor o dinheiro público. Balneário Camboriú é uma cidade rica, mas querem transformar em cabide de emprego, contratar 600/800 estagiários, dar milhões para a Amfri.

Bem, preciso parar, tenho que acordar cedo, bater um papo com o Kaká, no posto da 1.500, bater um papo e depois vou até a bela cidade de Bombinhas. Uma ótima semana aos moradores do Blog e aguardem novas caminhadas do Pepa.

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