Nesta quinta-feira (12), a CPI do Saneamento realizou a última oitiva de sua investigação, ouvindo Rogério Pedro da Silva Júnior, representante da empresa Submar. Durante o depoimento, Rogério foi questionado sobre a obra, ocorrida em 2022, da lagoa de aeração que não deu certo.
Rogério afirmou que a Emasa efetuou todos os pagamentos e realizou a fiscalização do projeto, sem apontar qualquer irregularidade durante a execução da obra, e que, inclusive, os diretores técnico e geral da Emasa emitiram atestado de capacidade técnica garantindo que a Submar tinha executado os itens licitados.
“Eu não estou aqui para apontar o dedo pra ninguém e nem encontrar culpados, mas vamos partir de um princípio de uma forma mais analógica possível. Existe uma primeira obra executada pela Submar e, posteriormente, existe uma segunda obra. Na primeira obra, entre aspas, não deu certo. Fomos pra uma segunda obra onde deu certo. Qual seria a diferença? Alguns depoentes vêm falando aqui que a obra foi refeita, por isso deu certo. Eu estou aqui pra afirmar que ela não foi refeita e sim feita do zero. É uma nova concepção, um novo projeto, uma solução completamente diferente do que a Submar executou”, informou o responsável pela Submar.
Ainda em seu depoimento, Rogério informou que a Emasa, ao invés de procurar a empresa ou notificá-los, declarou que a Submar executou de forma equivocada o projeto. “Em nenhum momento (a Emasa) nos notificou para consertar o possível problema que estão nos acusando de ter acontecido. A Emasa decidiu assinar um TAC e fazer uma contratação emergencial para literalmente destruir o que a Submar construiu e construir um projeto novo”, afirmou.
Com o encerramento das oitivas, o próximo passo será a apresentação do relatório final, que está sob responsabilidade do relator Gelson Rodrigues. O documento será apresentado na próxima segunda-feira (16). Em seguida, os membros da Comissão votam o relatório na quarta-feira (18).
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