Sucessão em BC e o impasse no PL

Crédito foto: Jornal Página 3

Difícil prever o que acontecerá nos próximos dias na disputa para a sucessão municipal em Balneário Camboriú, que até 2023, contava com o favoritismo do candidato do PL, partido do prefeito Fabrício de Oliveira.
No segundo semestre, o prefeito declarou sua decisão de não apoiar o deputado Carlos Humberto para a sucessão. O anúncio surpreendeu o meio político, que passou a acompanhar as investidas de Fabrício em torno dos nomes do nome do presidente da Câmara Municipal, David La Barrica, vereador Gerson Rodrigues (Cidadania), Omar Tomalih, atual secretário de saúde, e mais recentemente do ex-prefeito Rubens Spernau.
O estranho é que a rejeição ao nome de Carlos Humberto começou a partir de sua declaração de que caso assumisse a prefeitura de Balneário Camboriú uma de suas primeiras ações seria afastar do município o chamado Grupo de Negócios de Curitiba. Esse grupo ficou conhecido nos bastidores da política por sua forte influência junto à gestão da Emasa, Guarda Municipal, totens, estacionamento rotativo e a chamada indústria da multa.
Até então, embora algumas tentativas de interferências, era amistoso o relacionamento entre Fabrício e Carlos Humberto. Inclusive, no primeiro mandato, como vice-prefeito, Carlos exerceu a função de secretário de Planejamento e obteve êxito na conclusão da obra de prolongamento da Quarta Avenida, o molhe do Portal Norte e outros serviços gerais.
Como demonstração de confiança, Carlos trouxe Fabrício de Oliveira para o PL, partido de Jorginho Mello e entregou a ele a presidência da sigla. Realmente, o comportamento de Fabrício em relação a candidatura de Carlos Humberto é precipitada, Somente o diálogo poderá superar o que muitos classificam de traição.
Carlos prefere acenar para o diálogo, com o objetivo de manter a união partidária. Concorda também, sem restrição de nomes, em decidir por consenso o nome do PL à sucessão através de pesquisas. Seria a forma de acabar com a chamada Guerra Interna no PL. Assim, Fabrício não tentaria novamente passar por cima do governador Jorginho Mello para empurrar com a barriga o seu nome predileto.
Uma medida inteligente tomada no últimos dias pelo governador Jorginho Mello afim de solucionar o impasse foi a indicaçao de Fabrício para a presidência da FECAM (Federação Catarinense dos Municípios). Um gesto significativo, que deixa claro que o Governo do Estado está de portas abertas abertas para o prefeito de BC quanto ao seu futuro político. Portanto, em breve , no PL de BC as duas lideranças poderão chegar a um consenso e acender o cachimbo da paz.