A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (3) a Operação Quéfren, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que atua na forma de pirâmide financeira (esquema “Ponzi”) e na prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
Policiais federais cumprem 11 mandados expedidos pela 1ª Vara Federal de Itajaí, sendo três de prisão temporária e oito de busca e apreensão, em endereços situados nas cidades catarinenses de Balneário Camboriú, Tubarão e Camboriú e ainda na cidade paulista de Barueri. Além do cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, nesta data também está sendo realizado o bloqueio e sequestro de bens em nome de pessoas físicas e jurídicas da organização.
Segundo apurado na investigação, a organização, que é composta por cerca de 20 pessoas, iniciou suas atividades ilegais no de 2019, por meio da constituição de empresas que atuavam na forma de banco digital, sem autorização do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O grupo atuava com a falsa promessa de rendimentos acima dos juros de mercado, captando recursos financeiros na forma de depósitos em dinheiro ou por meio da negociação de criptomoedas.
Foi possível identificar que a principal empresa envolvida encerrou suas atividades em 2021 alegando que todos os investimentos dos clientes estariam bloqueados em uma conta de corretora de criptomoedas. Posteriormente, essa mesma empresa lavrou boletim de ocorrência acusando uma celebridade italiana de apropriar-se dos recursos. Suspeita-se, no entanto, que podem se tratar de histórias fictícias com o objetivo de os investigados passarem-se por vítimas e esquivar-se da cobrança dos investidores.
Estima-se que cerca de 120 pessoas foram lesadas, com prejuízo estimado em cerca R$ 15 milhões. Os crimes nos quais os infratores foram indiciados são os de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e os crimes contra o sistema financeiro nacional.Denúncias e informações sobre o caso poderão ser enviadas ao e-mail denunciapiramides.iji@pf.gov.br. O nome da operação faz referência ao segundo maior monumento do Egito Antigo, a Pirâmide de Quéfren, construída há mais de 4500 anos.
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