Os números de violência contra a mulher em Santa Catarina têm sido preocupantes. Só em janeiro desse ano, mais de três mil medidas protetivas foram solicitadas e cinco feminicídios ocorreram. Indignação e preocupação com esse crescente nível de violência, levou o COMUM Conselho Municipal do Direito das Mulheres de Balneário Camboriú a organizar um seminário sobre o combate a violência contra mulher. Tem objetivo de debater quais as possíveis causas que impedem as vítimas de denunciar seu algoz e avaliar a efetividade das instituições que formam a rede de apoio nos casos de violência. Intitulado “Voz a elas” o seminário conta com três painéis, segurança pública, direitos e acolhimento para vítimas. De acordo com a Presidente do COMUM, a empresária Ciça Müller, vítimas mencionam que tem dificuldade em sair do ciclo de violência, pois não sabem o que ocorre após o pedido de uma medida protetiva. “A importância de comunicar claramente e em todos os ambientes, quais são os encaminhamentos para acolhimento de mulheres quando procuram socorro. Em geral, hpa muito medo e insegurança patrimonial envolvidos no silêncio da vítima. Começa pelo fato de que quando é agredida, a mulher é quem sai de sua casa e deixa para trás tudo o que muitas vezes conquistou com tanto esforço e dificuldade. A vítima espera que sua realidade mude, pois não sabe como vai ser a vida dela após a denúncia”. Para Ciça, sociedade ativa é sociedade que acolhe, ela afirma ainda que é preciso comunicar em todos os locais públicos, e de forma clara, para que cada vez mais as pessoas compreendam que esse comportamento é criminoso e passível de reclusão.
“Recentemente realizamos com o apoio de diversas entidades a ação em restaurantes, bares e banheiros públicos, divulgando a LEI 4.771 de julho de 2023, proposta pelo Vereador Patrick Machado, NÃO SE CALE, que preconiza acolhimento e apoio às vítimas em estabelecimentos comerciais, por parte da equipe”. A ação ocorreu inclusive durante o carnaval, pois o consumo de álcool recorrente nessas festas pode levar a ações de abuso ou violência sexual. A comunicação nos banheiros se dá por um adesivo que explica como a vítima pode pedir socorro de forma discreta, para não aumentar o risco de sofrer violência, e informa os contatos para pedido de ajuda da Polícia Militar e da Guarda Municipal. A OAB, o Sechobar, o Sindimulher e o Sindisol assinam o material.
O COMUM se reúne mensalmente e planeja ações para garantir o direito das mulheres e promover o combate a violência, ações previstas em seu estatuto.
O “Voz a elas” acontece no dia 08 de março às 19h na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú e é um evento aberto a sociedade, podendo participar pessoas interessadas no tema, entidades do terceiro setor e etc. Para mais informações, contato com a presidente Ciça Müller
47 98413 5832.
in Destaque
GIPHY App Key not set. Please check settings