O ideal seria associar atividades de reforço muscular, como musculação e pilates, com atividades físicas aeróbicas, como caminhada, corrida, bicicleta, dança, hidroginástica, natação ou qualquer outra onde tenhamos um aumento da frequência cardíaca por um tempo mais prolongado
Data – Abril, 2025 – Uma caminhada, uma corrida ou treinos semanais, são algumas das atividades físicas que, cada vez mais, são comprovadas como fundamentais para melhorar a qualidade de vida e a saúde das pessoas. “Atividade física é um dos pilares fundamentais para uma maior expectativa de vida e para uma melhor qualidade de vida. Associado à alimentação saudável e, principalmente, hoje, ao controle do estresse, são fundamentais para uma vida melhor a longo prazo, trazendo benefícios tanto momentâneos, quanto também criando uma ‘poupança’ para enfrentar melhor algumas adversidades que podem surgir no futuro”, explica o médico cardiologista, Julio Cesar Bork, membro da Associação Brusquense de Medicina – ABM.
Este tem sido o pensamento do empresário Graziano Andrade, de 40 anos de idade. Desde criança, ainda na escola, as atividades físicas, os esportes em si, fazem parte de sua vida, a partir dos 20 anos eles se intensificaram, com treinos regulares e com acompanhamento de profissionais. “Eu sempre busquei esportes e atividades diferentes para estimular meu corpo e adaptar às minhas necessidades, porque notei que, melhora também a minha mente”, conta. Hoje são quatro dias da semana de treinos, intercalando entre academia e corrida, o que resulta em melhora no dia a dia.
“Sem treinar eu não consigo manter o pique de trabalho que eu tenho. Eu preciso estar com o sono em dia, estar bem emocionalmente para poder atender pessoas, palestrar, dar aula, fazer networking. Enfim, atividade física me ajuda a manter uma disciplina e a manter a saúde mental, a mente em ordem. Quando isso não acontece, eu percebo claramente que eu fico irritado, mal humorado e muito ansioso. Fazer as minhas atividades físicas ajuda a equilibrar a minha vida, ela me organiza”, relata o empresário.
Benefícios da prática de exercícios
De acordo com o médico cardiologista, Julio Cesar Bork, realmente, a prática de exercícios físicos regularmente influencia, positivamente, na vida das pessoas. Na parte psicológica, controla os níveis de estresse e ansiedade, sendo uma das principais formas de tratamento.
Com relação à doenças, fazer atividades físicas contribui para melhorar a pressão arterial, reduzindo os níveis de pressão e estabilizando melhor a pressão no dia a dia, diminui os níveis glicêmicos, melhora a sensibilidade à insulina e, consequentemente, diminui o risco de diabetes ou, em diabéticos, ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue. Colesterol e triglicerídeos também têm um benefício, além de diminuir os níveis de colesterol ruim e aumenta os níveis de colesterol bom. E assim, controlando esses três fatores como pressão, diabetes e os lípids, é possível reduzir o risco de infarto e derrame.
“Nos idosos, a prática de exercícios físicos ajuda a reduzir o risco de quedas, melhora a parte cognitiva e diminui o risco de demência. E claro, para pessoas de todas as idades, quando a gente associa o exercício físico a uma alimentação saudável, reduzimos peso e reduzindo a obesidade, o sobrepeso, temos um pilar importante para a prevenção de várias doenças”, aconselha o médico.
Cuidados ao iniciar atividades físicas
O cardiologista explica que, não existe uma atividade física específica recomendada para quem está iniciando e, o importante é começar, seja ela qual for. “Quando falamos de pessoas com menos de 35 anos de idade, não teria necessidade de fazer nenhum exames adicional para iniciar um exercício físico recreacional ou um exercício não muito intenso. Agora, se a gente começa a falar de competição, de corridas de longa distância, fazer atividades com um grau de esforço, uma intensidade maior, vale a pena consultar um cardiologista e fazer um eletrocardiograma, ver certinho o histórico familiar para saber se há alguma restrição. A partir dos 35 anos de idade, começa a ter um risco pessoal pela própria idade de doenças cardíacas. Então, uma avaliação anual com um cardiologista, com uma rotina de exames estabelecida”.
Bork lembra ainda que, para quem é sedentário e vai começar uma atividade e que está com uma idade entre 50 e 60 anos de idade, existem orientações diferentes. “Para essas pessoas, o ideal é fazer uma avaliação prévia para ver se tem algum problema e ter algumas orientações, mas qualquer atividade física vai trazer seu benefício. Então, se eu quiser caminhar, eu posso iniciar com uma caminhada, posso intercalar com corrida, fazer um pedal de leve e depois aumentar a distância e velocidade ou posso fazer natação, hidroginástica, vôlei, dança e futebol. O que a gente sempre orienta é associar atividades aeróbicas a atividades que trazem um reforço muscular”, frisa.
Tempo ideal de exercícios
O tempo dispensado para a prática de atividades físicas também é fundamental para obter bons resultados. O médico cardiologista, Julio Cesar Bork destaca que, o recomendado por diretrizes é de pelo menos 300 minutos de atividade física de intensidade moderada alta por semana, ou seja, em torno de 45 minutos a 1 hora diariamente, para trazer maior benefício. “O ideal seria associar atividades de reforço muscular, como musculação e pilates, com atividades físicas aeróbicas, como caminhada, corrida, bicicleta, dança, hidroginástica, natação ou qualquer outra onde tenhamos um aumento da frequência cardíaca por um tempo mais prolongado. O recomendado é umas quatro vezes na semana fazer uma atividade física aeróbica e umas duas a três vezes na semana fazer uma atividade de reforço muscular. Claro que, não é a mesma coisa eu caminhar lentamente por uma hora ou correr muito rápido por uma hora. Por exemplo, se eu fizer uma corrida por uma hora, é muito mais intenso do que uma caminhada. Então, a gente poderia variar um pouco esse tempo. Porém, mais uma vez eu reforço: o mais importante é começar. Não deixe para amanhã”, conclui o cardiologista.
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