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Inclusão social: desafios aguardam a nova gestão em Balneário Camboriú

Moradores de rua e indígenas em situação precária evidenciam falhas na assistência social

Fotos: Divulgação

Balneário Camboriú enfrenta desafios urgentes no campo da inclusão social, que exigirão ações imediatas da nova gestão liderada pela prefeita eleita Juliana Pavan (PSD). Durante o período de transição, Claudir Maciel, coordenador na área social, destacou problemas críticos, agravados pela alta temporada de verão, que evidenciam falhas no sistema atual de assistência.

Um dos pontos mais preocupantes é a crescente população em situação de rua. Atualmente, cerca de 176 pessoas enfrentam essa realidade, com previsão de aumento para até 250 durante o verão. Apesar dos esforços da abordagem social, a Casa de Passagem, com apenas 36 vagas — 30 masculinas e 6 femininas —, está longe de atender à demanda, revelando a necessidade de medidas estruturais urgentes.

Além disso, a situação dos indígenas que migram para a cidade também demanda atenção. Cerca de 200 indígenas já estão estabelecidos em condições precárias às margens da BR-101, enfrentando dificuldades que se repetem anualmente. Claudir Maciel ressaltou que, embora reuniões tenham sido realizadas com o Ministério Público Federal, INCRA e lideranças indígenas, como o cacique, nenhuma ação concreta foi implementada pela atual administração. “A situação dos moradores de rua e dos indígenas, que já tentam contato com a prefeitura desde março, é uma questão humanitária que precisa ser tratada com a seriedade que Balneário Camboriú merece,” afirmou Claudir.

Omar Tomalih, futuro secretário de Desenvolvimento e Inclusão Social, reforçou a necessidade de um planejamento conjunto: “Eu entendo que a solução seria ter uma discussão, a partir de janeiro do próximo ano, com as entidades e órgãos públicos envolvidos, para que, na próxima temporada de verão, já haja uma estrutura mínima, condizente com a dignidade da pessoa humana. É um problema histórico, e precisamos garantir condições mínimas para que os indígenas possam vender seus artesanatos e retornar às suas aldeias. Planejamento é essencial para que essa situação não se repita.”

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