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Gotardo: “Boicote ao Revogaço simboliza o atraso que há na política”.

Maioria dos vereadores rejeitou 2º projeto de revogação proposto por Lucas Gotardo

“O boicote ao Revogaço simboliza bem o atraso que há na política. É por posturas e argumentos como os da sessão desta quarta-feira, 26 de agosto, que a política segue tão desmoralizada”, declarou o vereador Lucas Gotardo (NOVO), após ter o segundo projeto do Revogaço rejeitado no Legislativo. O projeto em questão pedia a revogação de uma lei que obriga restaurantes a oferecer fio dental “de graça” em seus banheiros.
Os argumentos
“Nesse caso específico entendo que não trará nenhuma grande despesa, não trará nenhuma dificuldade em ter o fio dental”, disse Nilson Probst.
O vereador Joceli Nazari foi além, e tentou argumentar usando a pandemia como justificativa. “O restaurante disponibilizar um equipamento…principalmente disso para seu cliente, é mais do que salutar isso, isso nós discutimos em questões de… sanitárias, por mais que nós estamos passando um momento tão drástico nas nossas em relação a pandemia (sic) que está e vai mudar muitas coisas em relação aos cuidados que tínhamos antes da pandemia”.
Já Pedro Francez alegou que “o consumidor vai no restaurante e quer fazer a higienização de sua boca, do seu dente, ele tem direito de ir num banheiro e ver que tem um fio dental pra ele usar”.
Defesa vazia
Para Gotardo, o resultado da votação é reflexo da pressão do governo, uma vez que a referida lei é de autoria do hoje prefeito, Fabrício Oliveira
O líder do governo, vereador Gelson Rodrigues, inclusive encaminhou o voto para rejeitar o projeto de Lucas, orientação seguida pela maioria. Votaram a favor da burocracia: Aldemar Bola, Asinil Medeiros, David La Barrica, Gelson Rodrigues, Joceli Nazari, Marcos Kurtz, Nilson Probst, Pedro Francez e Roberto Souza Júnior.
Votaram a favor da revogação: Lucas Gotardo, Arlindo Cruz, Elizeu Pereira, Leonardo Piruka e Patrick Machado. A vereadora Juliethe Nitz se absteve. Os demais não estavam em plenário no momento da votação.
“Essa lei é um exemplo de como o político se mete onde não deve. Do jeito que falam parece que os restaurantes só sobrevivem porque essas leis existem. Eles sobrevivem APESAR dessas leis existirem. Como essa, existem dezenas e a cada semana são propostas outras. É o fio dental, é o número de calorias, é a obrigação um tipo de crachá específico, é placa na parede. Agora me respondam, é papel do Estado se meter nisso ou atender bem o cidadão na educação, saúde e segurança? Rejeitar a sua revogação é atestar a postura atrasada da velha política, mas sigo firme no meu propósito de trazer esse debate à tona”, encerrou Gotardo.

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