A tokenização imobiliária chegou para transformar o mercado, não como uma substituição aos bancos, incorporadoras e cartórios, mas como uma solução digital que agiliza processos como financiamento, aquisição, doação, divisão e transação de imóveis
Desde quarta-feira (23), Santa Catarina já opera com essa tecnologia inovadora. Desenvolvida pela proptech netspaces, a plataforma de criação, transação e gestão de propriedades digitais está agora disponível para empresas imobiliárias em Itajaí e Porto Belo por meio da Tokenize, uma empresa criada pelos visionários Custódio Ribeiro Junior, Jesiel Bento (Grupo CRI Soluções Imobiliárias & Adim Alugueis e CRI by OX Imóveis), e Marcos Otero, CEO da Marcos Otero Imóveis. A Tokenize já opera com imóveis da Mendes Empreendimentos e busca novas parcerias no mercado.
Com a tokenização, construtoras, incorporadoras e outros players do setor podem realizar transações imobiliárias em ambiente digital de forma rápida e segura, com a proteção da blockchain, que garante transparência e imutabilidade nas operações. Na prática os tokens estarão registrados nas matrículas imobiliárias. A tecnologia também permite o fracionamento de imóveis, algo muito atraente para investidores que buscam diluir risco, ampliar posições em diversos ativos e a liquidez.
Segundo Custódio Ribeiro Junior, “A tokenização é a antecipação do futuro. Diversos mercados globais e até mesmo aqui no Brasil já estão utilizando essa ferramenta, e isso é um caminho sem volta. A tecnologia traz mais capilaridade ao mercado e, principalmente, atrai clientes que hoje ainda não estão participando do mercado imobiliário. Estamos antecipando e preparando construtora para a era do DREX – o real digital tokenizado”
O crescimento imobiliário de Itajaí, o terceiro mercado mais valorizado do Brasil, e Porto Belo, com seus projetos inovadores, cria o ambiente perfeito para a adoção dessa tecnologia. “São mercados que atendem não apenas à região, mas a nível nacional e até internacional, e essa tecnologia vai viabilizar operações instantâneas, gerando agilidade, e limando diligências e rompendo barreiras geográficas”, complementa Custódio.
Marcos Otero ressalta que o primeiro passo para as incorporadoras é entender o processo de propriedade digital para, em seguida, adotar a ferramenta e disponibilizar seus produtos na plataforma digital. A Mendes Construtora, de Itajaí, foi uma das primeiras a aderir à tokenização e já identificou as vantagens, especialmente no que diz respeito à liquidez dos imóveis. “A tokenização permite vender parte de um imóvel e continuar sendo dono, ou realizar investimentos com poucos recursos, algo que até então não era possível no mercado”, explica Otero.
Para Jesiel Bento, “Estamos falando de um mercado bilionário que, até hoje, opera de forma manual. A tokenização vai permitir que todo o ecossistema imobiliário seja acessado em todos os níveis, acelerando processos e, consequentemente, aumentando as vendas. Com um toque, podemos realizar operações sem pessoas, sem processos de registro em cartórios e, o mais importante, sem barreiras geográficas.”
Andreas Blazoudakis, fundador e CEO da netspaces, reforça que a tokenização digitaliza os direitos sobre um imóvel, permitindo vendas, gestão, fracionamento e doações sem a burocracia tradicional. As transações são realizadas em ambiente digital seguro pela blockchain, uma tecnologia que garante agilidade e segurança, e que deve transformar a maneira como o mercado imobiliário opera.
Nas fotos os empresários Marcos Otero, Custódio Ribeiro Júnior e Josiel Bento com o fundador e CEO da netspaces Andreas Blazoudakis e com a Nathalia Mendes, da Mendes Construtora, primeira incorporadora a operar a ferramenta em Itajaí.
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