Neste domingo (18), um evento em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial foi realizado na Casa da Amizade, no Bairro Jardim Iate Clube, aberto à comunidade. A programação foi pensada para promover o cuidado integral e valorizar a saúde mental, por meio de atividades inclusivas e acolhedoras.
Além de estimular a convivência e a troca entre os participantes, o evento também foi uma oportunidade para apresentar e reforçar a importância do trabalho realizado pelo Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II) e pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), que oferecem acompanhamento terapêutico e apoio a pessoas em sofrimento psíquico.
Entre as atividades oferecidas estiveram auriculoterapia, massoterapia, corte de cabelo, feira de troca de roupas, jogos de estimulação cognitiva, oficinas terapêuticas, roda de música e roda de conversa. O evento também contou com uma exposição fotográfica e de arte, com trabalhos produzidos pelos próprios usuários dos CAPS.
De acordo com a secretária da Saúde, Aline Leal, a data reafirma o compromisso com uma saúde mental pautada na humanização, na dignidade e no cuidado em liberdade. “Balneário Camboriú se mobilizou para promover um momento especial para os pacientes, servidores e comunidade, incentivando a reflexão sobre esse tema tão necessário. É uma oportunidade de valorizar a saúde mental de forma acolhedora, inclusiva e respeitosa”, completou.
A secretária também agradeceu a parceria com o Rotary Club, que cedeu o espaço da Casa da Amizade para a realização do evento.
Para a psicóloga do CAPS II, Caroline Aparecida da Silva, o evento permitiu colocar em evidência o papel fundamental dos CAPS na sociedade. “É um espaço para a gente promover cultura, diálogo e falar da importância do 18 de maio. A pessoa em sofrimento psíquico tem o direito de estar presente nos espaços de convivência e realizar atividades fora do ambiente do serviço é essencial. A luta antimanicomial é um marco histórico para a saúde mental no Brasil e deve ser constantemente lembrada, discutida e celebrada”, ressaltou.
Vinícius Pinho de Souza, também psicólogo do CAPS II, acrescenta que “ocupar espaços, tanto físicos quanto simbólicos, é fundamental. Muitas pessoas em tratamento relatam como é significativo simplesmente sair de casa, vencer barreiras e sentir-se acolhido em outros ambientes que também podem ser seus, além do CAPS ou do próprio lar. Esse movimento de acesso aos espaços públicos é, inclusive, um dos objetivos terapêuticos do CAPS: promover a reinserção social e fortalecer o pertencimento”, concluiu.
“Estar aqui cercada de pessoas me faz sentir acolhida, abraçada e muito emocionada. Vim com meu esposo, que também iniciou tratamento na semana passada, e com meu filho, que cuida da gente. Sou profundamente grata aos profissionais do CAPS que são pessoas excelentes e nos tratam com atenção, cuidado e respeito”, afirmou Andréia, usuária dos serviços do CAPS II desde 2018.




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