Por Francielli Xavier.
A Saison Pitaya, da cervejaria de Guarapuava Água do Monge, foi eleita a melhor cerveja da edição deste ano da Copa Cervezas de América, que ocorreu no Chile, na última semana de outubro. O maior concurso cervejeiro da América Latina reuniu 1720 amostras e distribuiu 127 medalhas, sendo 35 de ouro, 49 de prata e 43 de bronze. O Brasil trouxe para casa 43 títulos e a condecoração de melhor da competição (Best of Show) para o rótulo paranaense.
“A gente está muito feliz em ter ganho. É um concurso muito difícil, a ficha ainda não caiu”, comemora Larissa Vier, sócia administradora e gestora da Água do Monge. Ela explica que a avaliação dos rótulos no concursos é às cegas e as amostras são julgadas por família e não por categorias. “Nesse caso, você pode ter uma cerveja menos complexa sendo avaliada junto com uma cerveja super complexa”, explica.
A cerveja das Américas
De acordo com Larissa, a Saison Pitaya, eleita a melhor cerveja das Américas, é seca, refrescante, com aromas de especiarias e pitaya, refermentada em garrafas de espumante 750 ml. O produto já recebeu outros prêmios nacionais como a medalha de ouro no Concurso Brasileiro da Cerveja e Brasil Beer Cup.
“Saison é um estilo de cerveja que a gente tem uma ligação muito forte. É um tipo de cerveja originalmente produzida por fazendeiros na região da Valônia, na Bélgica, com os cereais que eles tinham em mãos, e nós somos de Guarapuava, capital paranaense da cevada e do malte. A cevada que dá origem ao malte da nossa cerveja é plantada por nossos amigos e familiares”.
Larissa Vier, sócia administradora e gestora da Água do Monge
Uma cervejaria da pandemia
A Água do Monge Cervejaria foi criada em julho de 2020, em meio à pandemia. “Já estávamos com a nossa estrutura pronta e não tínhamos como voltar atrás” afirma Larissa. O empreendimento nasceu entre amigos que começaram a fazer cerveja em casa e na panela. A brincadeira começou a ficar séria quando as primeiras medalhas chegaram, ainda na categoria amadora. “A paixão pela cerveja e a empolgação com os resultados de nossas receitas nos moveu”.
A empresária conta que o nome Água do Monge é porque a cervejaria está localizada em frente a uma fonte de água abençoada pelo Monge João Maria, que participou da Guerra do Contestado e passou por diversas cidades do Paraná e Santa Catarina. “Essas fontes de água são famosas por nunca secar” explica Larissa.
Além de Larissa, que cuida da parte administrativa, são sócios da Água do Monge: Eliezer Goulart, sommelier, Paulo Jorge Harmuch Slompo, mestre cervejeiro, Luciano Daleffe e Lucas Araújo Daleffe.
A produção
Atualmente, a cervejaria trabalha com negócios distintos. Os chopes estilo Cream Ale, Irish Red Ale, Ipa, Marzen Festbier, Bock e Saison são envasados em barris e vendidos para bares e restaurantes. As Growler pet de 1 litro são distribuídas em redes de supermercados e açougues da cidade. E as cervejas especiais, envelhecidas em diferentes tipos de madeiras, também já estão sendo distribuídas no mercado.
Com o propósito de “estar presente nos melhores momentos dos clientes”, o plano para os próximos anos é abrir um bar da fábrica para que as pessoas possam conhecer in loco o trabalho da Água do Monge. “Pensamos também em trabalhar com outras bebidas, e manter sempre a qualidade”, projeta Larissa.
Fonte GAZETA DO POVO
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